segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Crítica - Lua Nova


Provavelmente, se for fã da saga Crepúsculo vai querer matar-me depois de ler esta crítica. Eu já li os livros (não que isso seja necessário para avaliar o filme), fui fã durante uns tempos e agradeço a Deus por me ter aberto os olhos quanto à quantidade de erros, contradições e disparates que Meyer escreveu.

Stephenie Meyer é actualmente capaz de meter inveja a qualquer escritor… Graças à saga Crepúsculo, conquistou uma legião de fãs com a história de amor entre um vampiro e uma humana. Já não se via algo assim acontecer desde Harry Potter e deve ser por isso que surgem imensas comparações entre as sagas.

Em 2008, foi lançado o primeiro filme Crepúsculo, que lançou a distribuidora Summit Entertainment para o sucesso, depois da Warner ter recusado o roteiro. Robert Pattinson (Harry Potter e o Cálice de Fogo) e Kristen Stewart (Sala de Pânico) passaram a ser os actores da geração teen e um dos casais mais queridos, conquistando milhares de fãs histéricos (as).

Uma coisa que salta à vista é o marketing que a Summit sabe fazer: se o casal nos livros conquistou tantos fãs, como seria se houvesse o casal na realidade? Robert e Kristen passaram então a fazer o jogo do casa-e-descasa com os fãs, preenchendo centenas de páginas de revistas, roubando a atenção até ao casal Pitt-Jolie e claro, fazendo imensa propaganda aos filmes.

Passemos enfim à crítica do filme.

Lua Nova continua a história do casal Bella (Kristen Stewart) e Edward (Robert Pattinson), que após conflitos com outros vampiros no filme anterior, vivem agora felizes. Mas essa felicidade não vai durar muito. No 18º aniversário de Bella, os Cullen preparam-lhe uma festa, que acaba mal depois de Jasper tentar atacá-la quando ela se corta e começa a sangrar. Edward afasta-se de Forks e deixa Bella abandonada e desesperada com a partida do seu amor. É aí que entra Jacob (Taylor Lautner), que se revela um amigo fiel e também um inimigo para os Cullen, pois ele é um lobisomem.

Depois dos bem arrecadados US$ 383 milhões com o primeiro filme, o que se esperava era um maior investimento neste. Mas não. O orçamento foi apenas US$ 13 milhões mais caro que o anterior (para ter uma ideia, em Lua Nova gastou-se cerca de US$ 50 milhões, o que é muito pouco, para um franquia de grande sucesso).

Conclusão: se os efeitos especiais e a maquilhagem metiam dó no filme anterior, neste não houve grandes melhorias.

A transformação dos lobisomens (até fiquei seriamente em dúvida se não seriam mesmo só cães maiores) é bem estranha, quase que saída de um jogo de Playstation. A cena de luta entre dois lobisomens faz até lembrar a Bússola Dourada (o realizador é o mesmo) e os efeitos especiais ficam bem aquém das expectativas aí.

Quanto à maquilhagem, continua exageradamente artificial nos vampiros, tornando-os demasiado brancos, com os lábios quase pintados, o que desvia a atenção de uma pessoa e faz lembrar ligeiramente um travesti. A dos Volturi, é a pior e chega a dar vontade de rir.

Crepúsculo é também comparado a Romeu e Julieta (o que Shakespeare consideraria um insulto se estivesse vivo) e depois de várias negações, é confuso que tenham incluído uma cena em que Edward recita versos do livro, durante uma aula.

De um filme de vampiros, espera-se além de acção, cenas sombrias. A única cena sombria que vi (com uma fã quase a saltar de entusiasmo à minha frente, no cinema) foi quando Bella resolve subir para a mota de um desconhecido e provar que realmente tem tendências suicidas.

Com um ritmo de filme arrastado, imensas sequências desnecessárias em câmara lenta, cenas despropositadas e actores inexpressivos, o filme pode ser considerado um dos piores do ano.

Mas então, por que é que Lua Nova já quebrou recordes de estreia, ultrapassando filmes como “Batman: O Cavaleiro das Trevas” e “Harry Potter e o Príncipe Misterioso” e continua a arrecadar tanto dinheiro?

Uma palavra: fanáticas. É isso que vai encontrar na sala de cinema (tal como eu encontrei). Fãs completamente histéricas que gritam cada vez que algum rapaz tira a camisola. E isso acontece a cada cinco minutos de filme, seja por parte de Robert Pattinson ou de Taylor Lautner.

Falando em Taylor Lautner, este jovem actor é o único que ainda deve receber alguns louvores, pois a sua representação desde o filme anterior, melhorou, embora seja frustrante ver o seu talento desperdiçado com as centenas de cenas em que aparece em tronco nu.

Já Kristen Stewart é sem dúvida, a pior actriz de todo o filme. Em nada melhorou desde Crepúsculo e é enervante a maneira como passa o filme inteiro completamente inexpressiva. Seja a chorar, a rir, com raiva, com medo, Kristen mantêm a mesma expressão, ficando demasiadas vezes de boca aberta, a olhar para o vazio.

Robert Pattinson continua a não desenvolver a sua personagem, mostrando-a algo distante e até fria neste filme. As suas expressões faciais também não melhoraram e dizer estar loucamente apaixonado, fazer bonitas declarações de amor, mas ficar com uma cara de sofrimento todo o filme, não combinam.

Este suposto triângulo amoroso nem sequer foi mostrado devidamente no filme. Bella e Edward continuam a ser o casal principal, com um romance demasiado açúcarado e cheio de frases melosas que podem fazer subir os diabetes.

A banda sonora também não é das melhores, composta por músicas lentas e de melodias algo repetitivas, que para quem não estiver a gostar do filme, o mais certo é adormecer.

Os Volturi acabam por salvar a desgraça do filme, na sua breve aparição, no final. Apesar da desastrosa maquilhagem, Michael Sheen e Dakota Fanning dão ao filme um novo enfâse, embora demasiado tardio.

A a luta entre os Volturi e Edward foi das piores cenas, alternando com momentos rápiros e outros lentos, dando a sensação de uma montanha-russa.

Para quem quiser rir um bocado, os momentos em que Edward aparece a brilhar como purpurina, em flashbacks de Bella, são hilários. O facto de um vampiro brilhar ao sol, é simplesmente tão original e também absolutamente absurdo. O cúmulo é mesmo quando Alice mostra a Aro, dos Volturi, uma visão de Bella transformada em vampira onde ela e Edward aparecem a correr juntos pelo campo e, imagine-se, a brilhar… Pior do que isso só mesmo o guarda-roupa deles nessa cena.

Em suma, o final foi bastante pobre, com aquele “cheirinho” de continuação, depois de Edward pedir a Bella para se casar com ele e mais uma vez, Bella limita-se a olhar de boca aberta, provando que Kristen realmente não combina com este papel.

O bom do filme? Chris Weitz conseguiu que este filme fosse muito mais fiel ao livro, o que certamente agradará aos fãs. Os cenários em Vancouver (Canadá), Itália e uma pequena cena no Rio de Janeiro, são bem agradáveis e claro, os Volturi quase que fazem valer o dinheiro e o tempo desperdiçado a ver Lua Nova.

Se for fã, irá ser um prazer e um entretenimento ver Lua Nova. Porém, para os mais velhos, críticos, amantes de cinema e até fãs de vampiros, se procura um bom filme, este não é de todo o mais aconselhável.

NOTA (1 a 10): 4



A.Carolina

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Até Weitz diz que Lua Nova é um mau filme...


Que Lua Nova foi criticado por toda a crítica em unanimidade, já se sabia. Quanto a mim, vou ver o filme neste fim-de-semana e apesar de ter quase a certeza que será dinheiro mal empregue, farei uma crítica com a minha opinião.

A barracada surgiu mesmo é pela parte do realizador Chris Weitz. Apesar de todos os recordes batidos na bilheteira, o filme parece ser mesmo terrível, porque o site IMDB, especializado em cinema, classificou Lua Nova com 4,5 pontos em 10.

Weitz admitiu agora que ele próprio não daria uma nota muito alta ao filme e admitiu que não há muito a fazer com a história que se tem em mãos.

Disse ainda que só aceitou o trabalho por consideração à autora Stephenie Meyer, aos actores Kristen Stewart, Robert Pattinson e Taylor Lautner, por quem tem grande respeito e para atender aos pedidos insistentes da Summit que queria um filme igual ao anterior, para agradar aos fãs:

“Eu percebi que nunca receberia críticas positivas neste trabalho.
Aceitei o desafio. Este filme foi feito para os fãs. Se não entende isto, apenas
não entende. Como crítico, só vejo duas maneiras de aproveitar esta história.
Pode ser uma pessoa que considera isto um grande filme ou, o mais provável, ter
uma visão mais preconceituosa disto tudo. E constatada a opinião dos media que
acompanha Lua Nova, isso realmente não é surpreendente”.

Os fãs é que discordam totalmente. O site Portal Twilight fez até uma crítica aos críticos de cinema!
Se fosse fundamentada, sem contradições e não desprezasse aqueles que REALMENTE entendem cinema, até poderia dizer que foi bem escrita...

Sites criticam Lua Nova e nós criticamos esses sites

E quando se pensa que não há pior... Alguém me explica quais são as semelhanças entre "Lua Nova" e "E Tudo o Vento Levou"?!

Critical Disdain for Twilight Saga is Beyonde the Pale

Segunda-feira, posto a crítica do filme... :D


Fontes: Pipoca Combo e Twilight Haters Brasil



A.Carolina

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Crítica - Harry Potter e o Príncipe Misterioso


Como grande fã de Harry Potter que sou, não podia deixar de fazer uma crítica ao mais recente filme da saga: “Harry Potter e o Príncipe Misterioso”, um grande sucesso de bilheteiras neste Verão.

A história começa no fim do último filme, com Harry e Dumbledore a saírem do Ministério e gira em torno do passado de Tom Riddle/Voldemort, que irá se desvendado ao longo do filme. Também o romance é um dos pontos centrais, com Harry e Ginny a protagonizarem momentos mais doces e românticos e Ron, Lavender e Hermione como o triângulo amoroso mais cómico.

Mais leve e descontraído do que os filmes anteriores, Príncipe Misterioso mostra a evolução de David Yates como realizador. Apesar de continuar com demasiadas cenas importantes cortadas e algumas mais desnecessárias acrescentadas, o filme melhorou em relação ao anterior e as cenas de acção mostram um investimento bem gasto nelas.

Destaque para quando os ajudantes de Voldemort, os Devoradores da Morte, atacam o Mundo Mágico e Muggle, espalhando o terror e destruindo a Ponte Millenium, em Londres, aproximando o público do Mundo Mágico do filme.

Todos os fãs ficaram surpreendidos quando Yates revelou que acrescentaria uma sequência em que A Toca, morada dos Weasley, seria destruída por um ataque de Devoradores da Morte. Eu própria fiquei algo surpreendida, pois achei a ideia algo descabida, visto que outras cenas necessárias seriam cortadas para incluir esta.

Acabei por me surpreender. Apesar de dispensável, a cena foi necessária para incluir acção no filme, visto que o realizador já tinha confirmado que cortaria o funeral de Dumbledore e as cenas de luta no final. Nesta sequência, é a actriz Helena Bonham Carter quem brilha: gritando “I Kill Sirius Black!”, Bellatrix incendeia a casa, motivando Harry a persegui-la pelo campo. Prescindível seria a parte em que Ginny corre atrás dele e Harry protege a amada, quase como nos velhos filmes românticos.

O romance presente no filme é suportável, embora exagerado. Por momentos, quase que é possível esquecer que se está a ver um filme de Harry Potter e não um High School Musical.

Quanto a actores, Michael Gambon é uma das surpresas. O “seu” Dumbledore melhorou, embora em certos momentos, continue a fazer lembrar o velho Gandalf de “O Senhor dos Anéis”.

Alan Rickman (Snape) continua a brilhar, desta vez com Jim Broadbent (Slughorn), que tem momentos bastante cómicos durante o filme.

No elenco mais jovem, Tom Felton surpreende, mostrando um Draco Malfoy mais maduro e algo sombrio.

Rupert Grint continua a ser o elemento mais cómico, desta vez juntamente com Jessie Cave, que interpreta Lavender Brown, a namorada de Ron.

Emma Watson (Hermione) melhora consideravelmente desde os últimos filmes, entrando realmente na pele de Hermione e vivendo as suas emoções ao máximo.

Daniel Radcliffe (Harry) e Boonie Wright (Ginny) foram os actores mais fracos, não convencendo totalmente como par romântico.

O Quidditch volta de novo aos filmes e desta vez, melhor que nunca. Os efeitos especiais estão mais arrojados e estas cenas são, juntamente com o romance, um alívio para a tensão do filme.

As melhores cenas são mesmo as finais: a jornada de Harry e Dumbledore na caverna e o retorno para Hogwarts que culminará com a morte do velho Director. A partir daí, o filme entra na recta final e foi uma pena que se retirassem o funeral e a luta para incluir uma cena disparatada: como uma espécie de funeral, os alunos de Hogwarts levantam as varinhas para o céu, homenageando Dumbledore.

A cena final foi também uma desilusão. Harry e Hermione conversam na Torre de Astronomia acerca do futuro e da procura pelas Horcruxes, de modo a destruir Voldemort. Hermione diz que irão com ele… O curioso é que nesta conversa Ron está na Torre e não diz uma única palavra. Apenas se junta a eles na última imagem final.

Príncipe Misterioso, apesar de todos os louvores como filme, pode ser uma desilusão para os fãs mais atentos, que acharão o filme nada parecido com o livro. Sem dúvida, que este é o filme da saga menos fiel ao livro.

Mas não deixa de ser uma óptima opção para assistir, dirigido para todo o público, pois com romance e acção à mistura, certamente agradará a amantes de cinema.


NOTA (1 a 10): 8




A.Carolina

domingo, 22 de novembro de 2009

Bem-vindo!

Quem escreve neste blog? Uma aprendiz a crítica de cinema...

Sim, completamente cinemaníaca, tem o sonho de poder estar nos bastidores de um filme e nutre uma admiração pelo grande português Mário Augusto...

Descobriu esta paixão há dois anos e desde então, gosta de saber todas as novidades do Mundo do cinema...

Agora, embarcou numa nova aventura e descobriu o seu sentido crítico e prepara-se para mostrar ao mundo as suas opiniões...

Fã de Harry Potter e Vampire Diaries, gosta de ouvir as opiniões dos outros, desde que sejam exprimidas com clareza e fundamento... Portanto, críticas construtivas são aceites, mas insultos não...

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"São as nossas escolhas que revelam quem realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades."



A.Carolina